A economia de Manhuaçu, baseada na produção e comercialização de café, vive, a partir de agora com a chegada do tempo frio, a expectativa com a colheita do seu principal produto. Esse período, que começa agora e prossegue até outubro e novembro, movimenta lavouras, comércio e um grande número de pessoas abrindo também vagas no mercado de trabalho.
Em toda a sua extensão territorial nos oito distritos, com as estradas rurais mantidas em boas condições pelo Governo de Manhuaçu e com manutenção constante para facilitar a escoação, o município possuiu cerca de 20 mil hectares com lavouras de café, sendo 17 mil hectares de área em produção e ainda 3.570 hectares com pés de café em formação, dentro do processo de renovação da lavoura.
No ano passado, a previsão era de uma colheita alcançando 19 sacas por hectare, o que na soma daria em torno de 323 mil sacas durante o ano. No balanço final divulgado pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento – a produção atingiu 17 sacas por hectare e um total de 289 mil. A perda chegou a aproximadamente 10 por cento, provocada por efeitos climáticos.
Crescimento na produção
A expectativa para este ano é que a produção de café em Manhuaçu possa alcançar em torno de 23 sacas por hectare, atingindo 391 mil sacas no total. Se for confirmada a expectativa, o crescimento em relação à safra do ano passado deve chegar a 25 por cento.
Segundo Sirlei Sanfelice de Carvalho, extensionista agropecuária e engenheira agrônoma da Emater, que auxilia os produtores tanto no plantio e manutenção das lavoras quanto na comercialização e na qualidade dos produtos, este ano houve uma boa florada no final de outubro e início de novembro. “O café tá bem granado, então tá todo mundo com uma expectativa boa pra esse ano, e de preços bons em relação ao cenário nacional” – destacou.
Preços melhores
Além da colheita prevista maior que a do ano passado, a expectativa é de uma melhora nos preços para a comercialização do produto, já que o município de Manhuaçu tem a produção desencontrada do histórico estadual e nacional. Por causa da bianualidade, caracterizada pela produção maior em um ano e menor em outro, a nível estadual e nacional a safra foi alta em 2014 e para este ano tende a ser menor. Manhuaçu teve uma safra ligeiramente menor ano passado em relação à média estadual e nacional.
Mudanças na cultura de plantio, produção, colheita e armazenamento do café, também podem contribuir para melhoria nos preços do produto. “O produtor se preocupa com a qualidade hoje porque sabe que se cuidar bem do café vai ser melhor remunerado” –lembrou Sirlei Sanfelice. “Quando a gente frequenta as propriedades a gente percebe uma colheita selecionada, que não mistura os lotes, feita de acordo com a maturação do café, com a utilização do pano e sem misturar o café de varrição”– destaca.
Os produtores têm hoje também a preocupação com o controle da umidade para o armazenamento do café. “Quando você vê que isso tá acontecendo é porque a gente conseguiu incentivá-los a procurar essa qualidade. É uma preocupação com a quantidade e com a qualidade que remunere melhor o produtor” – afirmou Sirlei Sanfelice.
Assistência
A EMATER– Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – tem escritório na Rua Lafaiete Vasconcelos Sabido, 31, no Centro de Manhuaçu. É uma empresa estadual e trabalha em convênio com Governo de Manhuaçu, funcionando em parceria com a Secretaria de Agricultura. O telefone é o 3331-2752.
Com foco na agricultura familiar, a Empresa oferece suporte técnico aos agricultores buscando o bem estar da família, a qualidade de vida e a rentabilidade da atividade. Mesmo com a grande extensão em cafeicultura que Manhuaçu possui, a Empresa trabalha também a diversificação com hortifrutigranjeiros, produção de ovos, leite, focando a comercialização nos mercados institucionais como o PNAI –Plano Nacional de Ação para a Inclusão–junto as escolas e a Conab, segundo informou Paulo Cesar de Assis Pires, extencionista agropecuário.“São 2.190 produtores familiares cobertos e um total de seis mil atendimentos realizados durante o ano” – informou Paulo Cesar.
A Emater repassa técnicas e informações de forma coletiva ou individual, por meio de palestras, dias de campo, reuniões e atendimentos in loco, sempre buscando ampliar a possibilidade do produtor ter um café com qualidade e melhor mercado e outras produções. Para isso, a Empresa mantêm dois agrônomos, um técnico agrícola, uma extensionista de bem estar social e uma secretária dentro do município buscando atingir o máximo possível de agricultores familiares. Para o produtor, o primeiro passo é procurar o escritório e daremos a assistência dentro do que for solicitado, após conhecer o terreno.
Além do convênio com o município e o trabalho em parceria com a Secretaria de Agricultura, a Emater mantem também relacionamento com as associações de comunidades rurais que participam do CMDRS – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, com reuniões mensais, toda primeira segunda feira do mês. As parcerias também são mantidas com os sindicatos dos trabalhadores e dos produtores rurais, sempre buscando atingir o máximo possível de agricultores familiares, que chegam a aproximadamente 90 %no município.
Para o secretário municipal de Agricultura de Manhuaçu, Sandro de Souza Tavares, o esforço do Governo tem sido grande em apoiar e valorizar o homem do campo. “São muita ações que o Prefeito Nailton Heringer tem nos recomendado e a Secretaria de Agricultura tem empreendido em parceria com outras áreas, entre elas, temos a manutenção das estradas, a assistência técnica pela EMATER, o Concurso Municipal de Qualidade do Café, a construção das mais de três mil caixas de retenção de águas pluviais, que contribuem com a conservação das estradas, incentivo à diversificação da agricultura e apoio ao CMDRS” – comentou.
Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu
