A Polícia Civil do Espírito Santo investiga o caso do jovem caratinguense, Gustavo Borges Claudiano, de 20 anos, encontrado morto em uma chácara, na manhã de segunda-feira, 19/01, no bairro Cidade Continental, na Serra. Segundo a Polícia Militar, que esteve no local, um irmão, de 24 anos, e amigos de Gustavo contaram que ele estava em uma festa rave quando teria ingerido uma droga conhecida como “Pingo” e saiu alterado.
Segundo a Polícia, Gustavo estava nu quando foi encontrado morto, por volta das 6 horas. De acordo com a perícia da Polícia Civil, o corpo dele estava dentro de um valão, com aproximadamente 0,5 metro de profundidade, virado de barriga para baixo e com machucados no tórax, no braço e na cabeça.
Os machucados no tórax e no braço são, segundo investigadores da Polícia Civil, referentes ao contato que ele teve com uma cerca da chácara, que é de madeira e arame farpado. Já o machucado da cabeça pode ter sido provocado pelo choque contra uma manilha que havia dentro do valão.
Exames no Departamento Médico Legal (DML) vão verificar se houve ou não a ingestão de drogas. Gustavo pode ter morrido de três formas: por ter ingerido a droga, ter batido a cabeça na manilha ou afogado no valão.
Um amigo da vítima, Arthur Biancardi, de 21 anos, relatou ao Jornal Gazeta Online no Espírito Santo que caso Gustavo tenha feito o consumo da droga conhecida como Gota ou Pingo, foi sem saber do que se tratava. O amigo também informou que Gustavo havia tomado uma bala, conhecida como ecstasy. uma droga moderna sintetizada (feita em laboratório) que provoca euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial , grande perda de líquidos.
Ainda segundo o amigo, o jovem já teria feito uso da bala em outras festas e não houve alterações significativas em seu comportamento.
Ainda em entrevista ao jornal, o amigo Arthur dá outros detalhes sobre o comportamento do jovem após a festa.
Como ele estava agindo?
Ele estava transtornado, fora de si. Ele rolou pra cima de um carro, eu fui atrás dele, o agarrei pela cintura e levei para dentro da festa. Pedi para os seguranças fecharem as postas e os amigos o tentavam acalmar. Tirou a roupa e depois correu, eu não vi indo para o mato, pois eu estava no banheiro. Gustavo estava com pavor da minha voz, pois eu fui o único que conseguiu imobilizá-lo, agarrando-o pela cintura.
Mais alguém usou essa droga na festa?
Outro amigo nosso tomou, achando que era água pura. Só que ele também passou mal, mas ficou mais calmo e tentamos normalizá-lo para levar pra cassa.
Como era o Gustavo?
Era uma pessoa do bem, alto astral, vida social maravilhosa, cercado de amigos que estavam sempre juntos. Foi um choque quando saí da festa sem ele e, depois soube da morte.
Fonte: Jornal Gazeta Online / Foto: Bernardo Coutinho – GZ / Rede Social
