Manhuaçu: Município apresenta índice médio de Dengue e Chikungunya

dengue-manhuacu-grafifo emilce-estanislau-vigilancia-ambiental-manhuacuO primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti e do Aedes albopictus (LIRAa) do ano de 2015 apresentou 2,1%. O número coloca Manhuaçu classificado como município de risco médio, já que é 1,1% maior do que o preconizado como baixo pelo Ministério da Saúde. Em janeiro de 2014, ano em que as doenças foram controladas e tiveram índice satisfatório, o índice era de 1,3%.

A informação é da Vigilância Ambiental, departamento ligado à Secretaria de Saúde. De acordo com a coordenadora, Emilce Estanislau Muniz, os números mostram que Manhuaçu está com o alerta ligado. Para ela, há o risco real de uma epidemia acometer a cidade. “Os números apresentados já eram esperados, mas precisamos ficar atentos. Ainda há muita gente que não colabora. Além disso, a chegada do verão, com altas temperaturas, e as chuvas abundantes criam ambiente ideal para a proliferação dos mosquitos transmissores das doenças”, explicou.

Estratos de amostragens

Manhuaçu é dividido em quatro estratos de amostragem. No primeiro, que compreende ao início da cidade e abrange bairros como Ponte da Aldeia, Bom Jardim e Bela Vista, o Índice de Infestação Predial (IIP) apresentou 1,6%. Já os segundo estrato, que abrange os bairros da região central, como Alfa Sul, Petrina e Santo Antônio, o IIP foi de 2,2%. O maior índice registrado no município, como historicamente tem ocorrido, é o estrato 3, que abrange os bairros a partir do Coqueiro, passando pelo Engenho da Serra, Santa Teresinha e Santana. Nestes locais, o IIP atingiu 2,9%. O quarto e último estrato é o distrito de Vilanova, que apresentou índice de 1,8%.

O levantamento leva em consideração ainda os criadouros encontrados nos locais visitados. Tudo é fiscalizado pelos agentes da Vigilância Ambiental. No estrato 1, os principais locais de registro positivo de criadouros foram no Bairro São Jorge, mais precisamente na rua Coronel Pedro Faria (vasos de plantas); Bairro Bela Vista, na rua Marco Antônio Ribeiro (material de construção – dois focos), rua Engenheiro Renato Bitarães (pneu e laje), rua Paulino Dornelas (Bromélias) e no Bairro Todos os Santos, na rua Merllin Abi-Ackel (depósito móvel).

No estrato 2, os principais locais onde foram encontrados criadouros estão no Bairro Sagrada Família, Praça Martins Fraga (tanques – dois focos) e na rua Juquinha Santana (tambor de obra); Bairro Pouso Alegre, na avenida Tancredo Neves (pneus); Bairro Santana, na Viela 6 (lixo) e na avenida Castelo Branco (laje, caixa d’água e lixo). Ainda no mesmo extrato, foram encontrados criadouros no Bairro São Vicente, na rua Dário Borges (pratinho de planta); Bairro Nossa Senhora Aparecida, na BR-262 (caixa d’água), na Viela José Maia (lixo) e na rua Bela Vista (caixa d’água); no Bairro São Francisco de Assis, na rua Buganviles (barril de água) e na rua Sucupira (lixo).

No estrato 3, foram encontrados criadouros no Bairro Bom Pastor, na rua Melo Viana (lixo, caixa d’água e piscina inativa); no Bairro Engenho da Serra, rua Silas Heringer (depósito fixo); no Bairro Matinha, rua Pedra Bonita (laje), na avenida Palmeiras (galão de água) e na rua 9 de Julho (balde de água com dois focos e ralo). Em Vilanova, o estrato 4 apresentou criadouros na rua Francisco Rodolfo (lixo), avenida Pio de Meira (caixa d’água) e na rua São Paulo (lixo).

“Esses números mostram que ainda precisamos nos conscientizar. A maioria dos criadouros é domiciliar, ou seja, está dentro das casas das pessoas. O mais preocupante é que 26,5% destes criadouros estão nos lixos e 23,5% estão no que chamamos de depósitos fixos, como calhas, ralos e lajes. Em seguida, na terceira posição, aparecem caixas d’água e depósitos móveis, como vasos de plantas e copos descartáveis, que apresentam 14,7% cada um”, apresentou Emilce.

Dever de todos

A coordenadora da Vigilância Ambiental pede a colaboração das pessoas quanto à manutenção limpa do seu espaço domiciliar e reitera que o trabalho do setor é constante. “Infelizmente, no último levantamento que fizemos encontramos índice de pendência superior a 40%, ou seja, quase a metade das casas estavam fechadas quando os agentes de saúde passaram para averiguar o espaço e fazer o tratamento adequado. Muita gente acha que está sendo incomodada, mas tenho certeza de que o incômodo será ainda maior caso alguém da família, ou o própria pessoa, seja acometida tanto pela Dengue, quanto o Chikungunya. Essa luta é de todos. Precisamos nos unir para acabar com este problema”, concluiu.

Com a Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu – contato@manhuacunews.com.br

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