Atlético: Tardelli será liberado apenas por quantia justa

A venda de Diego Tardelli pode acontecer. Mas a proposta precisa ser vantajosa para o Atlético. E não é o caso da oferta chinesa que o atacante tem em mãos. Esse é o resumo do pensamento de Daniel Nepomuceno sobre a situação do jogador no Galo.

Antes do fim do Campeonato Brasileiro, Tardelli deu entrevistas revelando propostas para deixar o Alvinegro. O atleta destacou que “era o momento de pensar na família.”

Mas o presidente Daniel Nepomuceno freou o desejo do atacante, que tem contrato com o Atlético até o fim de 2017.

“É uma proposta chinesa, muito boa para ele, mas para o clube eu ainda não via muita vantagem. Eu queria batalhar, caso ocorra a venda, que fosse boa para ambos os lados”, disse o dirigente em entrevista à Rádio Itatiaia.

“Ele (Tardelli) colocou a proposta que tinha recebido, a vontade de jogar fora, a liberdade financeira. Falei com ele que ia buscar uma maneira para ele ficar mais um ano ou jogar a Libertadores, que ele me desse tempo para eu poder trabalhar o melhor elenco. Conseguimos a contratação do Lucas Pratto, que dá uma segurança. As propostas que foram oferecidas ao Diego não foram finalizadas”, acrescentou Nepomuceno.

Segundo o presidente, a manutenção de Diego Tardelli é “prioridade” no Atlético. Mas o assunto sofreu uma pausa, já que o dirigente passou os últimos tempos tentando resolver a situação das dívidas do clube e da contratação do atacante argentino Lucas Pratto.

“Aconteceu de eu ter ficado esse tempo em Brasília e surgiu a oportunidade do Pratto e isso deu uma esfriada. Continuo com o pensamento de que o Diego é prioritário para o elenco de 2015. Vai depender do acerto que seja bom para os três lados. O caso do Diego ainda tem prazo para discutir”, disse.

Daniel Nepomuceno ressaltou que o Atlético não vai reajustar o salário de Tardelli como incentivo para o atacante permanecer em 2015.

“Não acho (que reajuste de salário resolveria). Nós vamos reduzir o valor da folha de pagamentos. Futebol tem de ter essa responsabilidade de não ficar competindo com outros mercados. Um time chinês oferece um, dois milhões para o jogador, com o dólar a R$ 2,8. Não tem como competir. Hoje os salários já são altos, o futebol está com dificuldade de manter os salários em dia. Seria irresponsabilidade entrar em disputa com a China, Rússia ou outro país.”

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