Santana do Manhuaçu: Escola Estadual recebe projeto “OAB vai à Escola”

oab-santana-1 oab-santana-2 oab-santana-3Na manhã da segunda-feira, 21/07, aproximadamente 200 alunos do ensino médio da Escola Estadual Célia Pereira Mendes, no município de Santana do Manhuaçu, participaram de mais uma etapa do projeto “OAB vai à Escola”. A palestra foi proferida pelo presidente da OAB Manhuaçu, Alex Barbosa de Matos e pelo presidente da comissão de defesa dos direitos da criança, do adolescente e do idoso, Wagner Alves Caldeira. A palestra contou também com a presença dos advogados João Batista dos Reis; João Batista Salles e Bruna Gail Mendes, além da vice-diretora Neidimar da Silva e da professora Edivânia Rodrigues Freitas Silva.

Segundo o presidente da 54ª Subseção da OAB/MG, Alex Barbosa de Matos, “o projeto OAB vai à Escola visa aproximar o advogado da sociedade, da escola e da família. O principal objetivo é levar aos estudantes do ensino médio noções de cidadania e demais temas legais relevantes à vida e ao cotidiano da população, auxiliando também os educadores na formação de cidadãos conhecedores de seus direitos e deveres. Esse serviço será realizado por meio de palestras”, citou.

Ele explicou que “a proposta é orientar os adolescentes para a convivência social, com base nos parâmetros da democracia, a fim de contribuir para o seu desenvolvimento intelectual e moral e, ainda, incentivar o exercício da cidadania. A OAB Manhuaçu tem um compromisso com a sociedade e por isso estamos preocupados com o futuro de nossos jovens e crianças e o projeto OAB vai à Escola com certeza pode auxiliar na educação deles”, comentou.

Ele acrescentou ainda que o projeto tem o papel de somar com a escola no sentido de reduzir os conflitos de caráter interpessoal, familiar e social. “É preciso que enfrentemos graves questões relacionadas ao nefasto uso de bebidas e drogas por crianças e adolescentes, às indesejadas formas de bullying e a crescente e lastimável violência urbana, como sérios exemplos dos conflitos sociais existentes em nossa sociedade”, destacou.

João Batista dos Reis, que foi diretor do educandário por oito anos, comentou a satisfação e alegria de poder levar noções de educação, democracia e cidadania para os alunos. “A iniciativa do presidente da OAB Manhuaçu é fabulosa. Outras entidades do meio público e privado precisam entrar nessa luta, que é de todos. A escola é o local onde se fomenta a discussão e produz conhecimento. Estamos vivendo uma crise na família, que atinge todos os setores educacionais. Por isso, acredito que este canal de interlocução com os alunos precisa ser ampliado para outros campos, ou seja, outras instituições deveriam seguir este exemplo e ajudar a escola na formação moral e intelectual dos alunos. É com muita alegria e entusiasmo que participei deste brilhante projeto conduzido pelo presidente Alex Barbosa”, felicitou o advogado.

Para o presidente da comissão de defesa dos direitos da criança, do adolescente e do idoso, Wagner Alves Caldeira, “a missão da OAB Manhuaçu com a palestra de hoje mais uma vez foi mostrar para o jovem que além de direitos ele tem deveres, que devem ser colocados em prática todos os dias. Enquanto defensor dos direitos da criança e do adolescente, temos visto que eles pensam que só têm direitos e isso é muito grave. Essa atitude fez com que o Brasil inteiro fomentasse discussão sobre a redução da maioridade penal para 16 anos, por exemplo. Se isso acontecer, o próprio adolescente será o responsável. O nosso foco foi passar para os alunos que para terem direitos exercidos, precisa primeiramente cumprir com seus deveres”, destacou.

Professoras agradecem apoio

Conhecedoras da realidade diária dos alunos da Escola Estadual Célia Pereira Mendes, a vice-diretora Neidimar Silva e a professora Edivânia Rodrigues Freitas Silva agradeceram o apoio e a iniciativa da OAB Manhuaçu, levando até os alunos do ensino médio, o projeto OAB vai à Escola.

“A palestra proferida pelos advogados militantes na 54ª Subseção da OAB/MG vem confirmar aquilo que temos trabalhado constante com os alunos em sala de aula, como direitos e deveres e as responsabilidades de cada um. Abordamos ainda a importância do cumprimento destes deveres e que é só a partir deles é que podemos exigir os nossos direitos. Estamos muito felizes com a participação da OAB Manhuaçu, contribuindo com a formação dos nossos alunos. parabéns a todos que fazem parte deste projeto”, comentou Neidimar.

A professora Edivânia Rodrigues Freitas Silva é uma das responsáveis por abordar assuntos como os discutidos pela OAB Manhuaçu nesta palestra. Segundo ela, “eventos desta natureza são muito importantes para nos ajudar no trabalho com os alunos. Desta forma, eles percebem que essas noções não saem apenas dos professores, mas também de outros profissionais. O conhecimento adquirido por eles deve ser levado para o resto da vida, para o mercado de trabalho. Falta o Estado investir mais em ações como esta. Somente o professor não consegue transmitir tudo aquilo que os alunos precisam ouvir”.

Bullying é destaque

De todos os assuntos discutidos dentro do projeto OAB vai à Escola, um foi mais atentamente acompanhado pelos alunos. É o bullying que se faz cada vez mais presente nos ambientes escolares. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

“Gostei desta palestra. Os advogados foram muito felizes ao comentarem diversos assuntos, principalmente o bullying. Aqui na escola acontece direto. Existem grupos de alunos que fazem piadas e brincadeiras com outros colegas só porque é baixo, ou gordinho. Isso é inadmissível”, comentou a aluna Maria Vitória Ferreira de Souza.

Outras duas alunas confirmaram que a incidência do bullying é, lamentavelmente, frequente na escola e condenaram a prática. “Achei interessante os advogados abordarem estes assuntos. Alguns alunos se juntam para fazer brincadeiras de mau gosto com outros. Agora a gente sabe que isso não é legal, mas ao contrário, é ilegal e quem faz isso pode sofrer consequências”, comentou Andressa Fernanda Alves.

Já a aluna Elaine Maria de Oliveira afirma que já passou por este tipo de constrangimento. “Por causa da minha altura e por usar óculos, alguns alunos mexem comigo. Acho uma falta de respeito. Infelizmente eu não sou a única que passa por esse tipo de situação. Muitos alunos também passam por chateações de alguns grupos”, lamentou.

Fonte: Assessoria de Comunicação / OAB Manhuaçu – contato@manhuacunews.com.br

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