Vida e Saúde: dieta rica em cromo reduz fome e vontade de comer doces

Sabe aquela vontade de comer um brigadeiro a qualquer custo? Ou quando seu corpo parece sentir uma fome incontrolável por guloseimas no meio do dia? E se houvesse uma forma de controlar esse desejo, sem sair da dieta? Um nutriente pode ser um grande aliado nessas horas: o cromo. Quando este mineral está na quantidade certa em nosso organismo, regula a quantidade de açúcar no sangue, evitando os picos de insulina, beneficiando não só quem quer exterminar as gordurinhas, mas também quem têm diabetes ou a síndrome metabólica, que é caracterizada por um grupo de problemas de saúde como o acúmulo de gordura na cintura e no interior da barriga (visceral), pressão alta, aumento nos níveis de triglicérides, do açúcar no sangue (glicemia), e do mau colesterol (LDL) e ainda a diminuição do bom colesterol (HDL).

“Quando a insulina está em alta é por que não está realizando adequadamente sua função de metabolizar o açúcar na célula e, quando a célula sente a falta desse açúcar, que é sua fonte de energia, manda um recado de fome, o que te faz comer novamente”, explica o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN). O cromo potencializa o efeito da insulina, equilibrando os níveis desse hormônio no sangue, evitando os ataques de fome.

Apesar de o cromo ser um nutriente essencial, as nossas células não conseguem produzir esse mineral. Por isso, segundo o fisiologista José de Felippe Júnior, fundador da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular e Nutrigenômica, precisamos conseguir seus benefícios através do consumo dos alimentos fontes do mineral ou, se for o caso, através da suplementação receitada por um médico especialista.

Conheça a seguir as principais formas de acrescentar o cromo à sua alimentação, todos os benefícios de uma dieta rica no nutriente, como potencializar a sua absorção e como a suplementação pode ajudar a saúde e a dieta:

Reduz a fome (e a vontade de doces!)

Quando alguém tem hiperglicemia, que é o elevado nível de glicose no sangue, fica igual formiguinha louca por comidas açucaradas, massas, pães – carboidratos refinados em geral. “O cromo na quantidade adequada induz o funcionamento dos genes e isso faz com que o indivíduo precise de menos quantidade de carboidrato para se sentir satisfeito”, explica o médico especialista em medicina intensiva e biomolecular, José de Felippe Júnior. Funciona da seguinte forma: a pessoa ingere o nutriente através dos alimentos, o mineral faz a indução dos genes, regularizando o metabolismo dos carboidratos e diminui a vontade de consumir esse grupo alimentar.

Quando comemos, em especial, o carboidrato refinado (pão branco, doces, massas), que são pobres em fibras, eles acabam sendo absorvidos rapidamente no intestino e a fome aparece em pouco tempo. Já as fibras dos carboidratos complexos trazem nutrientes, inclusive o cromo, que atrasam a absorção desses carboidratos.

E qual a relação entre o brigadeiro que comemos e os picos de insulina no sangue? Ao comermos o docinho, ele se transforma em açúcar (glicose). Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, o hormônio insulina age como um “caminhão”, que transporta o “passageiro” açúcar para as nossas células, não deixando que o açúcar fique em alta na corrente sanguínea. A glicose é jogada na célula com a ajuda do hormônio insulina mas, para a insulina conseguir se acoplar aos receptores dentro das células, vai depender do cromo.

“O mineral, associado com outros nutrientes, forma uma molécula chamada Fator de Tolerância à Glicose (FTG), que potencializa o efeito do hormônio insulina na sua função de transporte do açúcar. Se o fator de tolerância não é formado, você passa a ter intolerância à glicose, o que dificulta a entrada do açúcar na célula”, explica o nutrólogo. Se a função da insulina está prejudicada, através da falta de cromo, por exemplo, que é um facilitador da ação da insulina, o açúcar não é acoplado na célula e fica um excesso de insulina no sangue (liberada ao ingerirmos carboidratos refinados) que, em quantidade excessiva, tem poder inflamatório e de formar tecido adiposo, ou seja, gordura.

E o que tudo isso tem a ver com aquela fome irracional e cíclica que sentimos quando comemos uma massa, por exemplo? Quando a célula não consegue receber o açúcar, o organismo recebe uma mensagem de que está faltando energia dentro dela, e a resposta vem direto do centro da fome, região do cérebro no hipotálamo, avisando que você precisa comer mais. O cérebro é um dos órgãos que mais precisa de glicose. Se o açúcar não for para dentro da célula, principalmente, para as células cerebrais, existe um “disparo de fome” imediato.

Principais fontes e quantidades

Como não produzimos o cromo, a alimentação continua sendo uma das melhores maneiras de conseguir o mineral. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, a absorção do nutriente pode ser muito boa em conjunto com uma dieta equilibrada. No entanto, o especialista alerta que com o processo de refinação, os alimentos vão perdendo o cromo. O açúcar mascavo ou a farinha integral têm cromo, no entanto, quando eles passam pelo refino, perdem a maior parte do mineral. A quantidade recomendada de cromo pode chegar a 200 mcg por dia.

Segundo o livro Modern Nutrition in health and disease, as melhores fontes de cromo nos alimentos são:

Levedura de cerveja: 112 mcg cromo (1 colher de chá )

Carne vermelha: 57mcg cromo (1 bife médio)

Pão de trigo integral: 42mcg cromo (1 fatia)

Trigo integral: 38 mcg cromo (2 colheres de sopa)

Pimenta malagueta: 30 mcg (1 colher de sopa)

Pão de centeio: 30 mcg de cromo (1 fatia)

Ostra: 26 mcg de cromo (1 porção)

Batata: 24 mcg de cromo (1 unidade )

Gérmen de trigo: 23 mcg de cromo (3 colheres de sopa )

Pimenta verde: 19 mcg de cromo (1 unidade)

Maçã: 14 mcg de cromo (1 unidade )

Banana: 10 mcg de cromo (1 unidade)

Cenoura: 9 mcg de cromo (1 unidade)

Fonte: www.minhavida.com.br 

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