Caratinga: Polícia prende autor de assassinato ocorrido em 2013. Dívida de 31 reais

Quadro-isolado-25Geraldo Lima, de 44 anos, foi preso em Francisco Morato, Região Metropolitana de São Paulo. A prisão de Geraldo é resultado de uma investigação da Polícia Civil de Caratinga. Ele é acusado pela morte do fazendeiro Ivanir da Silveira, de 59. Morto com pauladas na cabeça. O assassinato aconteceu em novembro de 2013.  A cena do crime foi o interior de uma casa, numa fazenda do Córrego São Vicente, em Santo Antônio do Manhuaçu, distrito de Caratinga.

Segundo o delegado Luiz Eduardo, o motivo do crime é a briga por uma dívida de R$31 mil que o autor adquiriu com a vítima após a compra de animais. “O autor do crime, a vítima e seus familiares realizavam negócios. Compra e venda de porcos, gados, e chegou a ter a venda de uma égua. E esses negócios eram mal resolvidos. O autor afirma que a vítima cobrava de forma antecipada e, a família diz que ele não pagava as dívidas. Isso é a grande motivação do crime”, disse o delegado.

Na delegacia, o autor afirmou que pagou boa parte da dívida ao fazendeiro. Ele confessou que matou Ivanir, mas que agiu sozinho e em legítima defesa. De acordo com Geraldo, a vítima já teria o ameaçado de morte várias vezes. Ele contou que no dia do crime tudo começou quando a vítima exigiu um pagamento adiantado de R$ 1000,00. O autor foi à fazenda com apenas uma parte do dinheiro e a vítima teria sacado um revólver em sua direção. Para se defender, Geraldo alega que golpeou Ivanir com pauladas.

“Ele me pediu R$ 1000,00. Dava-me 30 dias, mas com uma ou duas semanas ele já vinha em cima de mim. Eu ainda devia para ele R$ 8.500,00, só que não tinha vencido o prazo. À noite eu fui lá (fazenda) e falei que eu não tinha os R$ 1000,00, e, sim, R$ 600,00. Aí o revólver já estava em cima da mesa. Ele virou e falou assim: ‘eu te avisei, se você não trouxesse para mim, te matava’. E foi colocando as balas no revólver para atirar. Eu matei e não queria fazer isso, mas a única defesa minha, para eu não morrer, foi fazer isso. Aí quando vi que ele atiraria em mim, peguei a tranca e bati nele”, relatou o autor.

“Essa é uma tese construída por ele que pode ou não ser confirmada pelas investigações. A princípio, nós não estamos descartando a prática do crime com outra pessoa, mas ainda não há comprovação formal disso”, disse Luiz Eduardo.

A reportagem do Super Canal conversou com Maria Glória Neves da Silveira, viúva da vítima. Ela afirma que a dívida de R$ 31 mil referente à compra de gados e de uma égua não foi paga. O autor teria assinado duas notas promissórias: uma no valor de R$ 21 mil e outra no valor de R$ 10 mil. Notas promissórias que sumiram no dia do crime, conforme Glória.

Conforme o delegado, Geraldo já tem uma passagem por estelionato em Viçosa, Minas Gerais, e outras pelo mesmo crime, em São Paulo. O autor está detido no Presídio de Caratinga por meio de um mandado de prisão temporária. O delegado já pediu a prorrogação da prisão e aguarda uma decisão judicial. O acusado vai responder pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

Fonte: www.portal.tvsupercanal.com.br

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