Manhuaçu: 18º Simpósio de Cafeicultura começa com excelente participação

simposio-presidente-aciam-antoniocarlosO 18º Simpósio de Cafeicultura de Montanha começou nesta quarta-feira, 19/03, no Parque de Exposições de Manhuaçu. O principal objetivo do evento é divulgar resultados de pesquisas e informações sobre cultivo, beneficiamento, qualidade e comercialização de café, além de novidades sobre mercado, tecnologia e marketing do setor cafeeiro por meio de palestras, cursos rápidos, debates e dia de campo.

DSC00748DSC00743DSC00735DSC00745DSC00756DSC00750O Simpósio de Cafeicultura foi um dos principais responsáveis pela mudança do perfil da região. Além de conseguir melhorar a qualidade e a produtividade das lavouras, as informações e tecnologias apresentadas nesse período ajudaram a mudar a imagem do café, derrubando a má fama dos antigos cafés Rio-Zona.

Durante a cerimônia de abertura, o presidente da Associação Comercial,Antônio Carlos Xavier da Gama, destacou essa trajetória.“Produzimos cafés de qualidade e estamos mostrando isso ao mundo. A criação do Simpósio, há 18 anos, foi justamente para apoiar os cafeicultores a melhorar sua produção e, por consequência, a economia da região. Vivemos uma nova fase, pois o café das Matas de Minas tem qualidade reconhecida em concursos de nacionais e internacionais. O Simpósio é responsável por essa mudança”.

Segundo o dirigente, desde o princípio, o encontro foi pensado para que os produtores possam conhecer o que há de novo e aplicar essas inovações na lavoura. “Muitas vezes, o que o produtor aprende nas palestras, nos minicursos e no dia de campo, ele aplica depois em sua propriedade”, conta.

Toninho Gama conta que, apesar das dificuldades, independentemente do tamanho da safra ou o ânimo do mercado, “é de extrema importância que o produtor participe de eventos como o Simpósio, pois tem acesso às novas tecnologias para melhorar a sua lavoura, ampliando a produtividade do grão. O contato com profissionais também ajuda o agricultor enfrentar momentos desfavoráveis. Sem dúvidas é um lugar de oportunidade e conhecimento”, conclui.

Mais uma vez, foi lançado um selo comemorativo pelos Correios com a estampa com o café da região. O Presidente da Associação Comercial, Antônio Carlos, ainda foi homenageado. Ele recebeu das mãos do diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG), João Roberto Puliti, uma placa de reconhecimento.

Matas de Minas

O Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas foi apresentado oficialmente durante a abertura do Simpósio de Cafeicultura. O presidente Fernando Romeiro Cerqueira destacou a estrutura e objetivos da entidade. “A falta de representatividade da região era um problema grave. O conselho não irá resolver os nossos problemas, mas nos indica um caminho de união. A única forma dos pequenos produtores resolverem suas dificuldades é através do trabalho em conjunto. O conselho vem trazer um novo horizonte de pesquisas, divulgação, mercado para a região”, pontuou.

As Matas de Minas correspondem a 24% da produção de café do estado, empregam 235 mil pessoas em 36 mil propriedades rurais. O conselho, através das entidades que o compõem, já representa 85 mil pessoas, contudo a meta é ampliar esse número.

Fernando Cerqueira ainda lembrou que a busca dos produtores é pela estabilidade do mercado. “O cenário é preocupante. Essa alavancagem de preço de café só está acontecendo em função de uma tragédia, que é a seca. Nós precisamos pensar na política cafeeira de forma que traga estabilidade para o sistema. O cafeicultor não pode ficar à mercê de esperar uma tragédia para que o preço suba. Temos que nos organizar e traçar uma política de médio e longo prazo que dê mais segurança e tranquilidade para o produtor”.

O subsecretário do Agronegócio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Merlo, destacou o apoio do Governo de Minas para a cafeicultura da região. “A Epamig com as pesquisas e a Emater-MG com o trabalho de extensão rural ajudam a consolidar essa região como referência em cafés de qualidade, inclusive premiados no Concurso Estadual de Qualidade e participando do Certifica Minas Café”, declarou.

A cerimônia ainda foi marcada pelos pronunciamentos do Prefeito de Manhuaçu, Nailton Heringer, do Presidente da Câmara Maurício Júnior, o deputado federal Mário Heringer e o deputado estadual Durval Ângelo.

Já o empresário Dalton Heringer, do Grupo Heringer, aproveitou para destacar a transferência do Centro de Manejo e Adubação em Pastagens (CEMAP) de Viana (ES) para o município de Iúna (ES). “Desde o primeiro ano, o dia de campo do simpósio acontece no Centro Experimental de Café. Quero deixar o convite para que, em 2015, utilizem o novo espaço. Vamos aproveitar para apresentar novas alternativas e incentivar o potencial dessa região para o gado leiteiro”, anunciou.

Palestras

Foram realizadas duas palestras na parte da manhã do primeiro dia. O presidente da Comissão de Café da FAEMG e CNA, Breno Mesquita, apresentou as perspectivas da política cafeeira. Em seguida, o Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins, apresentou recursos e ações disponíveis para cafeicultores.

O período da tarde foi marcado por palestras sobre o mercado de café para 2014, com o presidente do Sindicato dos Corretores de Café do Espírito Santo, Marcus Magalhães; a Campanha contra Defensivos Agrícolas Ilegais e uma apresentação especial do Mapa de Qualidade nas Matas de Minas, com os consultores de cafés especiais e engenheiro agrônomos Sérgio Cotrim D´Alessandro e Luiz José Rufino (do Centro de Excelência do Café e da Universidade Federal de Viçosa).

Minicursos e fórum

Com participação de mais de 1.500 pessoas, o Simpósio de Cafeicultura também teve eventos simultâneos nos três auditórios montados no Parque de Exposições. Durante a tarde, prefeitos, presidentes de sindicatos e cooperativas e secretários de agricultura das cidades da região participaram de um fórum sobre agricultura, emprego, renda e desenvolvimento.

Além disso, uma grande feira de expositores de máquinas agrícolas, produtos e novidades para cafeicultura movimenta o evento.Nos auditórios de cursos foram cinco atividades de capacitação: gerenciamento de propriedades cafeeiras; certificações de fazendas cafeeiras; adequação socioeconômica e ambiental das propriedades; preparo e torra de café; e processamento artesanal do café.

Luiz Nascimento – Carlos Henrique Cruz – Assessoria de Comunicação ACIAM

 

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