Jesus saiu daquele lugar e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão. Uma grande multidão se ajuntou outra vez em volta dele, e ele ensinava todos, como era o seu costume. Alguns fariseus, querendo conseguir uma prova contra ele, perguntaram:
– De acordo com a nossa Lei, um homem pode mandar a sua esposa embora?
Jesus respondeu com esta pergunta:
– O que foi que Moisés mandou?
Eles responderam:
– Moisés permitiu ao homem dar à sua esposa um documento de divórcio e mandá-la embora.
Então Jesus disse:
– Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês. Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: “Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.
Quando já estavam em casa, os discípulos tornaram a fazer perguntas sobre esse assunto. E Jesus respondeu:
– O homem que mandar a sua esposa embora e casar com outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa. E, se a mulher mandar o seu marido embora e casar com outro homem, ela também estará cometendo adultério.
Comentário
O nosso texto do evangelho de hoje é um “diálogo didático”, cuja finalidade é instruir os discípulos a se comportarem em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A questão posta pelos fariseus a Jesus é mal-intencionada, pois querem colocá-lo à prova (v. 2) e encontrar um motivo para condená-lo à morte. A questão está baseada em Dt 24,1-3. Recorrendo ao projeto original de Deus (Mc 10,6-9; cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), Jesus rejeita uma interpretação em favor do divórcio. A incapacidade de perdoar e de reconciliação diz respeito à “dureza do coração” que ameaça o povo de Deus. Jesus põe em pé de igualdade a condição do homem e da mulher. Mas a resposta de Jesus desconcerta os que queriam colocá-lo à prova, pois ela protege a parte mais frágil em semelhantes casos. Jesus recentra a questão, não sobre a ordem jurídica, mas sobre a ordem da criação, sobre o Reino de Deus. Portanto, a questão fundamental é reconciliar tudo com o ideal do Reino de Deus, com o ideal cristão. Trata-se de entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano, tal qual pode ser apreendido pelos relatos da criação.
Carlos Alberto Contieri, sj – www.paulinas.org.br
ORAÇÃO AO DIVINO PAI ETERNO
Aqui estamos para prestar-vos a nossa homenagem.
Nós cremos em vós, Pai Eterno, nosso Pai e nosso Criador.
Confiamos em vossa bondade e poder.
Queremos amar-vos sempre, cumprindo vossos mandamentos e servindo ao vosso Filho Jesus, na pessoa de nossos irmãos.
Nós vos damos graça pelo vosso amor e pela vossa ternura.
Vós nos atraís ao vosso Santuário e nos acolheis de braços abertos. Vós nos guiais com os ensinamentos do vosso Filho, Nosso Senhor, e nos dais sempre o vosso perdão.
DIVINO PAI ETERNO, QUEREMOS CONSAGRAR A VÓS:
Nossas famílias, Para que vivam em paz e harmonia;
Nossas casas, Para que sejam iluminadas pela vossa presença.
Nossas alegrias, Para que sejam santificadas pelo vosso amor.
Nossas preocupações, Para que sejam acolhidas em vossa bondade;
Nossas doenças, Para que sejam remediadas com a vossa misericórdia;
Nossos trabalhos, Para que sejam fecundos com a vossa bênção.
DIVINO PAI ETERNO,
Recebei a homenagem da nossa fé, fortalecei a nossa esperança e renovai o nosso amor. Dai-nos o dom da paz e da fidelidade à vossa Igreja. Pela intercessão de Nossa Senhora, mãe do vosso querido Filho, dai-nos a perseverança na fé e a graça da salvação eterna.
Amém!