Bruno Fernandes: goleiro assina contrato com o Montes Claros

Conforme era esperado pelos seus advogados, o goleiro Bruno teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, na tarde desta sexta-feira, 28/02. Assim, o atleta ganha condição legal de jogo e poderá vestir a camisa do Montes Claros, clube com o qual assinou contrato, no momento em que for liberado pela Justiça.

Condenado há 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samúdio, Bruno está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, desde julho de 2010. De acordo com a publicação da CBF, o contrato do goleiro com o Montes  Claros é válido até fevereiro de 2019.

Novo clube de Bruno, o Montes Claros está disputando o Módulo II do Campeonato Mineiro. Com 18 pontos em oito jogos, a equipe do Norte de Minas já está classificada para a próxima fase da competição.

Justiça

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a defesa do goleiro também apresentou pedido para que ele seja transferido para Montes Claros, mas a solicitação ainda terá que ser analisada pelo Judiciário. O TJMG negou que tenha sido feito pedido para que o goleiro exerça trabalho externo.

O advogado Francisco Simim garante que encaminhará o pedido à Justiça, mas acredita que o caso só será analisado após o carnaval. Isto porque a solicitação ainda terá que ser encaminhada para o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Montes Claros, caso o goleiro tenha autorizada a transferência para um presídio daquele município.

“Ele já cumpriu um sexto da pena”, observou Simim, referindo-se à possibilidade de seu cliente ter a progressão da pena para o regime semiaberto. “Mas mesmo sem a progressão ele pode sair escoltado e voltar para a prisão”, acrescentou.

Bruno já teve diversos advogados diferentes desde que foi preso acusado da morte de Eliza, em 2010, e outros defensores do atleta já articularam assinaturas de contratos com clubes de futebol para tentar tirar o atleta da cadeia.

A Lei de Execuções Penais prevê que o trabalho externo é admitido para presos em regime fechado desde que tenha sido cumprido um sexto da pena e “desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor de disciplina”. O benefício é revogado se o preso cometer outro crime ou falta grave, como a briga que o jogador teve dentro do presídio, que o levou a ter suspenso o trabalho que exercia na penitenciária.

A reportagem tentou falar com o presidente do Montes Claros Futebol Clube, Vile Mocellin, mas ele não foi encontrado. O time divulgou nota confirmando que o presidente “foi em busca do atleta e conseguiu enfim trazê-lo para o clube”.A nota informa que Bruno foi examinado por um médico que atestou que o atleta está apto a voltar a jogar. O contrato tem validade por cinco anos e prevê salário de R$ 1.430 para Bruno e multa rescisória de R$ 2,86 milhões. Quando foi preso, o goleiro atuava pelo Flamengo e recebia cerca de R$ 250 mil mensais, somando o salário pago pelo clube e complemento de patrocinador.

Fonte: www.superesportes.com.br

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