Conforme o leitor do Manhuaçu News tem acompanhado, os funcionários do Hospital César Leite (HCL), realizaram assembleia e decidiram realizar campanha pedindo aumento salarial da ordem de 12%. Houve negativa da administração do hospital que fez contraproposta de aumento 0,0%, deixando a classe indignada.
A partir daí começaram as reuniões e protestos, sendo que o último deles aconteceu na quinta-feira, 06/02, percorrendo as principais ruas da cidade desde o Trevo do Cafeicultor até a Praça Doutor César Leite.
Durante a manifestação os funcionários exibiram faixas apresentando seu descontentamento com a negativa do HCL em conceder o aumento e não abrir negociação, sob alegação de não possuía recursos para bancar o aumento salarial.
Durante cerca de 3 horas os manifestantes se mantiveram na Praça Doutor César Leite. O sindicalista João Guilherme Filho, entidade que representa os trabalhadores em saúde de Manhuaçu, destacou naquela oportunidade todas as dificuldades dos funcionários, bem como a falta de diálogo. Em seguida, os funcionários decidiram que a classe entrava a partir daquele momento em “Estado de Greve”, sendo agendados mais protestos para esta segunda-feira, 10/02.
Momentos depois, João Guilherme foi convidado para uma reunião com a direção do HCL. Durante o encontro no início da tarde de quinta-feira, 06/02, a administração do HCL se comprometeu em fazer levantamentos para definir o impacto de um aumento salarial nas contas do hospital. Também ficara decidido que haveriam reuniões da administração com cada setor, com a presença do sindicato da classe. Ficara naquela oportunidade alinhavado um possível aumento salarial.
Acordo fechado
Nesta segunda-feira, 10/02, novamente hospital, funcionários e sindicalistas se reuniram e definiram um acordo que garante um aumento da ordem de 6% para a classe. Com isso não haverá mais greve dos funcionários do hospital.
Além do aumento de 6%, os funcionários terão os seguintes benefícios conquistados na negociação: adicional noturno de 50%, enquanto a CLT está em 20% obrigatórios; pagamento de insalubridade para todos os funcionários de 20% sobre o salário mínimo; manutenção do vale alimentação em R$ 3,00; atendimento no pronto socorro do Plancel gratuito para os funcionários que passarem mal e necessitarem desse atendimento imediato; atendimento com consulta a R$ 35,00 para os funcionários que estiverem de folga. Conforme o sindicalista João Guilherme filho, este valor ainda está em negociação e por ser extinto.
Luiz Nascimento, com informações de João Guilherme Filho/ Eduardo Satil