
A diretoria do sindicato manifestou o interesse para iniciar a negociação em 14 de novembro do ano passado, demonstrando o que os funcionários estavam pleiteando. Desde o início, a categoria assinalou que o aumento de 12% seria uma reivindicação considerável se comparado com o aumento da cesta básica, o aluguel e outras coisas principais para viver com dignidade.
Durante a reunião, os funcionários questionaram também quanto a possibilidade da alimentação ser oferecida pelo Hospital Cesar Leite. Eles demonstraram total insatisfação devido a defasagem salarial, que está trazendo consequência financeira a vários trabalhadores, que desdobram para vencer até o final do mês. Outros dizem que estão chegando ao valor de um salário mínimo.
O Presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviço de Saúde de Manhuaçu, João Guilherme Filho detalha que será estabelecido diálogo junto a diretoria do Hospital Cesar Leite a partir da assembleia, para que haja um acordo que satisfaça a categoria, que está sufocada com a defasagem salarial. O sindicato, que representa os trabalhadores na área da saúde seletista de Manhuaçu está cumprindo o que é determinado por lei, discutindo a pauta e apresentando a reivindicação da categoria.
Além da reivindicação de 12% de aumento, eles lutam para a manutenção das conquistas adquiridas em anos anteriores, como adicional noturno em torno de 50%, hora extra e outras vantagens consideráveis. “As diretorias do sindicato e HCL sentaram à mesa, para discutir a situação e a reivindicação dos funcionários. A informação é de que o HCL está passando por uma crise financeira difícil e, por isso não poderia dar o reajuste. Ofereceu 0,0% de aumento e, a categoria ficou revoltada”, destaca João Guilherme Filho.
Segundo João Guilherme, a insatisfação dos funcionários foi uma questão inevitável por entenderem que é um descaso com os trabalhadores na área de saúde. A entidade que representa os funcionários estará informando a diretoria do HCL, que todos estão perplexos com o que foi oferecido, simbolizando verdadeiro descaso diante do que foi reivindicado desde novembro passado.
À espera por uma contraproposta do HCL
Ficou acertado entre os funcionários e a diretoria do Sindicato, que há a necessidade de sentar novamente à mesa com a diretoria do Hospital Cesar Leite, discutir uma nova proposta e mostrar que a indignação é total. O Presidente do Sindicato, João Guilherme Filho, diz que a entidade pretende negociar e negociar, conforme ficou determinado em assembleia. “Creio na idoneidade da administração do HCL e, que o provedor será sensível com a situação dos funcionários. Pedimos a compreensão da população, caso ocorra uma paralisação. Creio no bom senso da diretoria e da população e, ainda queremos que todos participem, ajudem, já que alegam que a situação do Hospital Cesar Leite é muito difícil”, ressalta João Guilherme Filho.
Posicionamento do HCL

Para o provedor, a situação é bastante delicada tendo em vista que há um deficit, que impossibilita atender a reinvindicação dos funcionários que exigem 12% de aumento. Ele disse que a falta de recurso é o impecilho maior do Hospital Cesar Leite, já que fechou o ano de 2013 com um deficit de R$ 1 milhão de reais.
Ele alega que os recursos para a área da saúde estão escassos e, não há alternativa para viabilizar a liberação de recursos junto ao Governo Federal. Foi liberado um recurso chamado “incentivo” para 2014 pelo Governo Federal, mas existe a incerteza se perdurará ou não. Com isso o impasse continua, mesmo depois da assembleia em que os funcionários demonstraram total insatisfação com a contraproposta, feita pela diretoria do Hospital Cesar Leite de 0,0% de aumento.
Os funcionários ficam indignados em não terem a reivindicação atendida pela diretoria do HCL e, por outro lado continua construindo e reformando em rítimo normal. De acordo com o provedor, Sebastião Onofre de Carvalho, a construção está sendo realizada com verba do Governo Estadual e quanto ao anexo a obra foi paralisada. “Temos de construir, pois, não podemos ficar parados. Nossa região é muito movimentada e requer cada vez mais, que tenhamos melhoria para garantir atendimento digno e adquirir equipamentos mais sofisticados, para atender a demanda de toda a região”, salienta o provedor do HCL.
Quando perguntado sobre o posicionamento dos funcionários realizarem uma paralisação para demonstrarem a real situação e insatisfação, o provedor do HCL disse que teme que isso aconteça. Dr.Sebastião Onofre de Carvalho reconhece que pode gerar um caos na saúde de toda a região, mas, salienta que a responsabilidade é de todos quando se fala em saúde. “Hoje são 470 funcionários, que primam pela qualidade no serviço de saúde com total dedicação. Infelizmente, eu tenho de administrar com a receita que tenho,mas, vamos continuar conversando com a diretoria do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviço de Saúde de Manhuaçu e, talvez até antes de março podemos chegar a um acordo e no reajuste que atenda as necessidades dos nossos funcionários”, afirma o provedor do HCL, Dr.Sebastião Onofre de Carvalho.
Informações: Assessoria de Imprensa e Eduardo Satil