Gripe causa duas mortes em Minas. Vacinação continua

O vírus responsável pela pior temporada de gripe desde 2009 nos Estados Unidos, onde infectou pelo menos 47 mil pessoas, provocou a primeira morte em Minas Gerais, segundo informe epidemiológico divulgado na quarta-feira, 14/05, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG). A vítima morava em Paraguaçu, no Sul do estado, e foi infectada pelo subtipo Influenza A (H3N2), o mesmo que ligou o sinal de alerta na América do Norte no início do ano. Além desse caso, a secretaria registrou morte causada pelo Influenza A em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, porém não foi especificado qual o subtipo de vírus infectou o paciente.

A vacina que protege contra as cepas do vírus da gripe está disponível em postos de saúde por todo o estado. Devem procurar as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) pessoas a partir de 60 anos; crianças entre 6 meses e 5 anos; trabalhadores de saúde; professores; povos indígenas; gestantes; mulheres até 45 dias depois do parto; pessoas privadas de liberdade, inclusive adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas; além dos funcionários do sistema prisional.

Todas as fórmulas, incluindo as aplicadas na rede pública, protegem contra o subtipo H3N2. O subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES/MG, Rodrigo Said, ressalta que o vírus H3N2 circula no país há menos tempo. “O Influenza A (H1N1) circula no Brasil desde 2009. Já o H3N2, há aproximadamente três anos. Neste ano, é o vírus com maior circulação, mas vale ressaltar que no momento a disseminação do vírus é muito baixa. Mesmo assim, as pessoas devem procurar a vacinação, que é a principal medida de controle da doença”, disse.

A doença causa sintomas que se confundem com outras doenças virais e bacterianas. Manifesta-se, normalmente, com sintomas como febre, dores de cabeça, musculares e de garganta, tosse e fadiga. Se for associada com dificuldade respiratória, o quadro passa a ser considerado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA), condição que matou os dois pacientes da atual temporada.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde

Até 14/05, foram notificados 800 casos de SRAG, sendo 458 (57,3%) com amostra coletada e processada. Dos casos com amostras processadas, 11,6% (53/458) foram classificados como SRAG por Influenza e 16,6% (76/458) como outros vírus respiratórios. Dos casos associados à Influenza, 86,8% (46/53) eram Influenza A e 5,7% (3/53) Influenza B. Naqueles em que foi identificado o vírus A, o subtipo A/H3 sazonal é o de maior proporção com 71,7% (33/46), seguido do Influenza A não subtipado com 26,1% (12/46) e outros 10,9% (5/46) referem-se ao subtipo A/(H1N1)pdm09.

Foram notificados 57 óbitos por SRAG, o que corresponde a 7,1 % (57/800) do total de casos. Dos 57 óbitos notificados, 8,8% (5/57) foram associados a outros vírus respiratórios (Parainfluenza e Metapneumovírus), 3,5% (2/57) foram confirmadas para o vírus Influenza, sendo 100% (2/2) decorrentes da Influenza A. Dos óbitos relacionados à Influenza, 50% (1/2) foram associados ao subtipo A/H3 sazonal e 50% (1/2) a Influenza A não subtipado. A frequência de óbitos associados à Influenza no Estado, segundo municípios de residência, está distribuída na Tabela 3.

Resumindo: em 2018, foram confirmados, até o momento, 53 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus da Influenza (gripe). Foram notificados dois (2) óbitos associados ao vírus da Influenza.

Dos 53 casos de SRAG causados pela Influenza: 33 foram de Influenza A/H3 Sazonal; 5 de Influenza A/(HINI)pdm09; 12 de Influenza A não subtipado; e 3 Influenza B.

Informações/SES-MG-uai.com.br

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