Justiça interroga réus do processo do ‘mensalão de Caratinga’

O escândalo político de corrupção estourou em 2012, quando o MP deflagrou uma operação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas sedes da prefeitura, da Câmara e nas casas dos envolvidos no processo

A terceira e última audiência de instrução e julgamento do processo que apura o episódio conhecido como ‘mensalão de Caratinga’ teve início às 13h da terça-feira (17/04), no Fórum Desembargador Faria e Sousa. A audiência foi destinada a interrogar os réus do processo denunciados à Justiça pelo Ministério Público (MP).

São eles: o ex-prefeito, João Bosco Pessine; a ex-secretária de Fazenda, Angelita Lelis; o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Edson Soares de Oliveira; o ex-chefe de gabinete, Edwy Gonçalves de Oliveira Júnior; os ex-vereadores Altair Soares, o “Tairinha”; Emerson da Silva Matos, o “Irmão Emerson”; e Ronilson Marcílio Alves; e o atual vereador Ricardo Heleno Gusmão, que à época dos fatos também ocupava uma cadeira na Câmara de Caratinga no governo João Bosco.

A audiência é a fase do processo em que o juiz ouve as partes envolvidas antes da sentença. Segundo o MP, um esquema de pagamento de propina foi montado durante o governo do então prefeito petista João Bosco, para comprar o apoio da maioria dos vereadores e garantir as aprovações de projetos de interesse da Prefeitura de Caratinga.

O escândalo político de corrupção estourou em 2012, quando o MP deflagrou uma operação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas sedes da prefeitura, da Câmara e nas casas dos envolvidos no processo. Naquela época foram apreendidos documentos, 15 computadores, R$ 30 mil em espécie e R$ 250 mil em cheques. Ninguém foi preso.

O caso que ficou nacionalmente conhecido como mensalão de Caratinga foi denunciado pelo ex-servidor público municipal, Robson Ferreira Bastos, que atuava na prefeitura como assessor de geoprocessamento. 78 vídeos gravados em um pen drive foram entregues ao MP.

Ainda de acordo com as acusações do MP, os envolvidos não comprovaram a origem do dinheiro investigado. À época dos fatos a justificativa apresentada seria uma relação de empréstimos. O MP afirma que nenhum documento relativo aos supostos empréstimos foi fornecido ou localizado nos órgãos públicos e residências dos investigados durante o cumprimento da medida cautelar de busca e apreensão.

O processo foi ajuizado pelo MP no começo de 2017. O processo segue em andamento e o juiz responsável é Consuelo Silveira Neto.

Informações TV Supercanal, Caratinga

 

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