As fraturas do fêmur proximal são responsáveis por cerca de 20% dos traumas ortopédicos cirúrgicos de uma unidade de trauma. Estima-se a cada ano cerca de 2 milhões de casos em todo o mundo. Ocorrem mais comumente em pacientes idosos, e com o aumento da expectativa de vida e o maior controle das doenças crônicas, esse número tende a aumentar.
Segundo o médico ortopedista Frederico Augusto Alves Costa, membro do corpo clínico do Biocor Instituto, as fraturas mais comuns do fêmur proximal são as da região trocantérica e as do colo femoral. “O mecanismo de trauma mais frequente é a queda da própria altura, com trauma na região lateral do quadril. São mais comuns em mulheres e em pacientes com redução da massa óssea – osteopenia e osteoporose”, explica.
O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame físico. “O paciente comumente se encontra impossibilitado de deambular e com muita dor à mobilização do membro”, ressalta o especialista, acrescentando que a radiografia da articulação coxofemoral confirma o diagnóstico na maioria dos casos. No caso de suspeição clínica e radiografia inconclusiva, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem ser solicitadas.
O tratamento dessas fraturas é eminentemente cirúrgico. De acordo com Frederico Costa, mesmo pacientes idosos, clinicamente graves, a despeito de um risco cirúrgico anestésico alto, se beneficiam da cirurgia, sendo essa a escolha na quase totalidade dos casos. “O tratamento visa a correção cirúrgica precoce, permitindo a mobilização do paciente e início imediato do processo de reabilitação.”
Ainda segundo o ortopedista do Biocor Instituto, as fraturas do fêmur proximal são responsáveis por uma alta morbimortalidade, sendo mecanismo conhecido de redução da sobrevida dos pacientes que a apresentam. “Constituem, pois, um grande desafio para o cirurgião e toda a equipe multidisciplinar envolvida no seu manejo – suporte clínico, enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia. O objetivo é tentar devolver ao paciente e familiares a qualidade de vida mais próxima àquela prévia ao trauma”, afirma.
Cuidados para evitar queda de idosos
Tratando-se de que a queda ocorre principalmente em ambiente doméstico podemos prevení-la com simples medidas que possam facilitar a execução de atividades diárias dentro de casa.
Cada cômodo merece atenção especial:
Banheiro:
- Use tapetes emborrachados antiderrapantes;
- Mantenha uma boa iluminação utilizando lâmpadas fluorescentes;
- Utilizar cores diferentes na parede e no piso em relação ao assento sanitário e a pia do banheiro;
- Instalar barras de apoio laterais e aumentar a altura do assento sanitário;
Quarto:
- Usar tapetes fixos ao chão e não encerar o piso;
- Usar sapatos com solado antiderrapante;
- Ajustar a altura da cama e colchão firme;
- Ter um abajur ou interruptor de luz próximo à cama;
Sala:
- Deixar o caminho livre de fios e sem bagunça;
- Preferir sofás firmes e altos;
- Utilizar poltronas com braços;
Cozinha:
- Utilizar armários fixos e de fácil alcance;
Escadas:
- Deve possuir corrimão nas laterais;
- Estar livre de objetos;
- Utilizar fitas antiderrapantes nos degraus;
- Ter interruptores de luz na parte superior e inferior da escada;
Além de por em prática as dicas de como melhorar o ambiente para o idoso, deve-se realizar exames oftalmológicos regularmente, manter uma dieta saudável rica em cálcio, vitamina D e tomar banhos de sol para fortificar os ossos; rotular os medicamentos e tomá-los na hora certa, procurar seguir um programa de atividades físicas que visem o equilíbrio, coordenação e força muscular.
Informações www.saudeplena.com.br e www.terceiraidade.net