Um sonho próximo de virar realidade. Aos 51 anos, Carlos Henrique Ribeiro tem a meta de arrecadar 4.300 bandeiras, símbolo maior de um município, para que, durante os jogos Olímpicos do Rio, elas formem um grande tapete, forrando o gramado do Maracanã. A empreitada desse paulistano, nascido na pequena cidade de Santa Lúcia, teve início há três anos, desde então percorreu, em cima de uma bicicleta, mais de quarenta mil quilômetros e em cada cidade onde faz parada leva na bagagem a bandeira, histórias, aprendizado e também deixa um pouco da sua história, em palestras ministradas para escolas públicas, sem nenhum custo.
Essa semana, o ciclista que entrou para o Guinness Book – o Livro dos Recordes – como ciclista com a maior distância percorrida em menos tempo, chegou a Manhuaçu. Ele vai ficar na cidade por cinco dias, tempo bem maior que o normal, que é apenas de um dia. Em visita à sede do Governo de Manhuaçu, em busca de mais uma bandeira, foi recebido pelo chefe do Executivo, Nailton Heringer, que fez questão de fazer a entrega do pavilhão.
A bandeira de Manhuaçu está entre as 2,4 mil arrecadadas. “Hoje meu sonho é forrar o gramado do Maracanã, por isso eu percorro uma rota montada a partir das cidades que tem uma unidade da Wizard, que nos apoia. No trajeto, aproveito para fazer as paradas e também conseguir uma bandeira daquela cidade” – conta Ribeiro. O ciclista passou a ser patrocinado pela escola de idiomas dois anos depois de iniciar suas andanças, quando conheceu o presidente nacional da rede, Carlos Wizard Martins, em um posto de gasolina e, assim, conquistou o apoio e o patrocínio oficial para seu projeto.
Para o franqueado da Wizard em Manhuaçu, Adriano Teixeira Chiapetta, trazer o ciclista ao município significa apresentar para o jovem um exemplo de superação. “Em princípio ele iria ficar dois dias, mas a aceitação está sendo muito grande, aí resolvemos estender esse prazo. Ter o Carlos aqui representa mostrar um exemplo de esperança para os jovens que precisam de uma direção. A história de vida dele diz justamente isso” – destaca Chiapetta lembrando que no período sete palestras estão sendo ministradas, em três escolas da cidade. São elas: Escola Polivalente, Colégio Tiradentes e Anglo.
Carlos nasceu numa família circense e perdeu os pais muito jovem, quando acabou largando o circo e passou a driblar as armadilhas da vida para sobreviver. Semianalfabeto, trabalhou como pedreiro e aos 38 anos decidiu investir no projeto atual, que chega há 13 anos. Ele aprendeu a ler e a escrever sozinho aos 39 anos, transformando sua história de vida em exemplo de superação.
Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu
